Pessoas que Vivem Reclamando: Quando Ouvir e Quando Estabelecer Limites
- Rafael Maisonnette de Araujo
- 19 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2024

Convivemos com diferentes tipos de pessoas ao longo da vida, e muitas vezes cruzamos com aquelas que possuem o hábito de reclamar constantemente. Embora seja natural desabafar em momentos de insatisfação, o comportamento repetitivo de reclamar pode afetar tanto quem reclama quanto aqueles ao seu redor. Saber como lidar com essas situações é essencial para preservar o bem-estar emocional e evitar que a negatividade alheia impacte sua saúde mental.
Por que algumas pessoas reclamam tanto?
Reclamar frequentemente pode ser um mecanismo de expressar frustração, buscar validação ou até mesmo chamar atenção para suas dificuldades. Psicologicamente, a reclamação é muitas vezes uma maneira de aliviar tensões internas, mas, quando feita em excesso, pode se tornar uma hábito que perpetua uma visão negativa do mundo e reforça sentimentos de insatisfação.
O impacto de conviver com reclamações constantes
Estar exposto à negatividade constante pode ser desgastante. Estudos mostram que ambientes emocionalmente carregados podem aumentar o estresse, afetar a produtividade e prejudicar os relacionamentos. Pessoas que absorvem essas queixas podem sentir-se sobrecarregadas, ansiosas ou até mesmo culpadas por não conseguirem ajudar. Pessoas que vivem reclamando: quando ouvir e quando estabelecer limites?
Quando ouvir: demonstrando empatia
Ouvir uma pessoa que reclama pode ser um gesto de empatia. Muitas vezes, quem desabafa apenas quer ser escutado sem julgamentos. Aqui estão algumas dicas para ouvir de forma eficaz:
- Defina limites emocionais: ouça, mas lembre-se de que você não é responsável por resolver os problemas do outro.
- Pratique a escuta ativa: dê espaço para que a pessoa se expresse, mas sem absorver toda a carga emocional.
- Valide os sentimentos: frases como “Entendo que isso deve ser difícil para você” podem ajudar sem que você concorde com a reclamação.
Quando estabelecer limites: preservando sua saúde emocional
Embora ouvir seja importante, também é essencial reconhecer quando o excesso de reclamações começa a prejudicar sua saúde mental. Considere as seguintes estratégias:
- Use comunicação assertiva: explique como o comportamento está afetando você de maneira respeitosa. Por exemplo: “Entendo o que você está sentindo, mas isso está sendo muito pesado para mim agora.”
- Redirecione a conversa: sugira soluções ou mude o foco para algo mais positivo, ajudando a pessoa a sair do ciclo de negatividade.
- Estabeleça distância quando necessário: não tenha medo de se afastar temporariamente se perceber que a convivência está lhe prejudicando.
O papel do autocuidado
Conviver com reclamações constantes pode esgotar sua energia, por isso é essencial cuidar de si mesmo. Pratique atividades que promovam relaxamento, como meditação, exercícios físicos e momentos de lazer. Além disso, considere buscar apoio psicológico se sentir que a convivência com a negatividade está afetando seu bem-estar.
Para quem reclama: o poder da gratidão
Se você se identificou como alguém que reclama constantemente, saiba que reconhecer esse comportamento já é um passo importante. Tente cultivar a prática da gratidão, focando nas coisas boas que acontecem no seu dia a dia, por menores que sejam. Estudos mostram que a gratidão pode reduzir sentimentos de insatisfação e melhorar a qualidade de vida. Pergunte-se: “Será que essa reclamação ajuda a resolver o problema ou apenas reforça meu mal-estar?” Pequenas mudanças na forma de pensar podem trazer grandes impactos no bem-estar emocional.
Lidar com pessoas que reclamam o tempo todo pode ser um desafio, mas é possível encontrar um equilíbrio entre ouvir com empatia e proteger sua saúde emocional. Estabelecer limites claros é um ato de autocuidado e também pode ser uma oportunidade para incentivar o outro a adotar uma perspectiva mais construtiva.
Se você tem convivido com situações como essas e sente que precisa de apoio para encontrar formas mais saudáveis de lidar, a psicoterapia pode ser uma grande aliada nessa jornada. Como psicólogo, estou à disposição para ajudar você a navegar por essas experiências e desenvolver estratégias para proteger seu bem-estar emocional.
Rafael Maisonnette de Araujo
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